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Potencial de desenvolvimento do Alto Tietê está no setor de serviços

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Em evento promovido pelo CONDEMAT, consultores da FGV chamam a atenção dos gestores para tendências de economia pós-industrial, envelhecimento da população e relevância crescente da mobilidade

Com uma economia que movimentou R$ 107 bilhões em 2018, o que corresponde a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, a Região tem no setor de serviços o maior potencial a ser explorado para o desenvolvimento das cidades nos próximos anos. Isso é o que mostra o estudo Alto Tietê 2030: Cenários e Potenciais, apresentado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) durante o 2º Encontro de Planejamento Urbano promovido pelo CONDEMAT – Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê na noite desta quarta-feira (16/10).

O evento, que reuniu gestores públicos, professores e estudantes, abordou os desafios do planejamento urbano frente ao crescimento das cidades e a necessidade de conciliar os potenciais dos municípios para o desenvolvimento sustentável da Região.

O Alto Tietê não é só 5% do PIB do Estado, somos também 1,5% do PIB nacional e isso numa área geográfica concentrada é algo extremamente relevante. O Vale do Paraíba inteiro, que geograficamente é maior e tem empresas maiores, responde por 2,8% do PIB nacional. Então, 1,5% é algo para ser divulgado e para atrair empresas porque já tem uma base para oferecer”, ressaltou o economista Robson Gonçalves, coordenador da FGV Projetos

Até 2030, a tendência é de um crescimento de 2,3% ao ano, o que representa um acréscimo acumulado de 32%, ou seja, um aumento de praticamente um terço da riqueza atual. “Isso não é pouca coisa, mas também não é para sair comemorando porque junto com o crescimento vem os desafios para atender as três tendências em curso identificadas para a Região: economia pós-industrial, envelhecimento da população e mobilidade”, alertou Gonçalves.

O estudo da FGV mostra que a composição setorial do PIB da Região que em 2002 era formada por 2,0% de agricultura, 44,3% da indústria e 53,7% de serviços, em 2018 passou a ter a agricultura com 1,8%, a indústria com 25,8% e o serviços com 72,4%.

Não há possibilidade de reindustrialização para a Região. Essa página virou. Cabe agora assumir a nova vocação e tirar o melhor dela”, orientou o coordenador da FGV Projetos ao mostrar que o maior potencial da Região está no setor de serviços de cuidados pessoais e saúde, turismo local, lazer com foco na terceira idade, gastronomia e educação superior.

O prefeito Marcus Melo, de Mogi das Cruzes, falou da importância de entender a nova dinâmica das cidades e de construir a integração regional. “Dialogar entre as cidades é fundamental para que possa se garantir qualidade de vida”, disse.

Especialista em neurourbanismo, a professora e consultora da FGV Projetos, Andréa de Paiva abordou as ferramentas da arquitetura para transformar as cidades e reduzir o nível de estresse de quem vive nos centros urbanos, como iluminação, espaços sensoriais e estímulo a caminhada, por exemplo. “A gente sabe que a vida nas cidades é mais estressante, resta saber como transformar isso, já que não dá pra ignorar que elas vão continuar a crescer. Criar ambientes melhores e planejados é essencial”, concluiu.

 

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