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Serviços de água e esgoto terão mais de R$ 2 bilhões em investimentos

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Recursos são destinados a ampliação do abastecimento, combate de perdas e coleta e tratamento de esgotos, anunciam empresas no Fórum Regional da Água

O abastecimento público foi o tema central da segunda parte do Fórum Regional da Água, realizado pelo CONDEMAT nesta semana, em Salesópolis, com as participações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) de Mogi das Cruzes e Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Guarulhos. Os principais desafios apontados foram a garantia de abastecimento frente à oferta hídrica disponível, o combate de perdas e a ampliação da coleta e tratamento de esgoto. Juntos, os três têm planos de investimentos que somam mais de R$ 2 bilhões no universo de 30 anos.

Com atuação direta em 9 das 11 cidades e participação indireta no abastecimento dos outros dois municípios – Guarulhos e Mogi -, a Sabesp

projeta investimentos de mais de R$ 1 bilhão. “São investimentos para atender o crescimento vegetativo da população, o combate a perda e a ampliação da rede de esgoto com coleta e tratamento”, adiantou o superintendente da Unidade de Negócios Leste da Sabesp, Márcio Gonçalves.

Engenheira ambiental do Semae, Camila Lusni lembrou que 65% da água que abastece a população de Mogi é produzida pela autarquia, a partir da captação do Rio Tietê, na divisa com Biritiba Mirim. O Semae projeta investir R$ 1,5 bilhão nos próximos anos. “Nosso maior desafio é a disponibilidade hídrica em quantidade e qualidade do Rio Tietê, que gera a nossa matéria-prima. De 2003 a 2017, observamos um índice de queda significativo tanto na quantidade quanto na qualidade da água que captamos”, pontuou.

Em Guarulhos, o SAAE utiliza das bacias dos rios Tietê e Cabuçu. O diretor de Manutenção e Operação, Menotti Zanela Napolitano, ressaltou que as fontes estão com níveis reduzidos, o que obriga a redução da captação. “Estamos tirando a metade do permitido para não exaurir e isso causa a intermitência de abastecimento”, disse ela, ao citar que um dos grandes desafios de Guarulhos é reduzir o percentual de água não faturada, que chega a 47%, em função principalmente de moradias irregulares.

A importância do Alto Tietê no abastecimento da Região Metropolitana foi apresentada por Emerson Martins Moraes, da Divisão de Recursos Hídricos Metropolitanos da Sabesp. A Região conta com o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) localizado nas cidades de Salesópolis, Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes e Suzano, e o Sistema Rio Claro, que fica em Biritiba Mirim.

Implantado inicialmente para contenção de cheias, o Spat na década de 80 passou para o abastecimento e hoje, com capacidade para 560 milhões de m³ de água, é o segundo maior sistema da Sabesp, atrás apenas do Cantareira, que tem o dobro da capacidade. O Spat é responsável por 30% da reservação de água da Região Metropolitana, enquanto o Rio Claro responde por 0,7%  e, além de um dos mais antigos, é o mais bem preservado.

“Uma das melhores qualidades de água da Sabesp é do Alto Tietê, sendo que hoje o Spat está com 47% da sua capacidade e, o Rio Claro, com 41%”, informou Moreira.

Nascente

Na terceira e última parte do Fórum Regional da Água, técnicos dos municípios visitaram o Parque Nascentes do Tietê, onde receberam informações sobre a origem do rio, a produção da água e, principalmente, as ações para garantir a preservação da nascente do principal rio do Estado de São Paulo e que só vai encontrar o mar na Argentina.

 

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