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Desafios e soluções para as Emergências Climáticas são discutidos pelo CONDEMAT+

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1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente reuniu cerca de 150 pessoas, no Cemforpe, em Mogi das Cruzes

As emergências climáticas nortearam as discussões da 1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê e Região (CONDEMAT+), que reuniu as 14 cidades do território para discutir alternativas, ideias e soluções para enfrentar a crise do clima. Ao longo de todo sábado (29), o evento contou com palestras de especialistas, discussões e elaboração de propostas que serão levadas para as etapas estadual e nacional da iniciativa. O evento marcou o encerramento do Junho Verde, mês do Meio Ambiente.
Com cinco eixos temáticos: Mitigação; Adaptação e preparação para desastres; Justiça Climática; Transformação Ecológica; e Governança e Educação Ambiental, a conferência teve a participação de especialistas, técnicos e da sociedade civil, que ao fim do evento elegeram 44 delegados (27 representantes da sociedade civil; três do setor privado; e 14 do poder público) que representarão a região nas próximas fases.
O secretário executivo do CONDEMAT+, Adriano Leite, destacou a importância de as cidades debaterem soluções conjuntas. “O Meio Ambiente nunca vai deixar de ser um dos pontos fortes da atuação do CONDEMAT+, prova disso é o longo trabalho com projetos, iniciativas e ações que foram construídos ao longo dos últimos anos, incluindo o Plano de Mata Atlântica, a discussão da mitigação das mudanças climáticas e o Plano Regional de Drenagem”, pontuou.
Para o coordenador da Câmara Técnica (CT) de Gestão Ambiental do CONDEMAT+, Daniel Lima, secretário adjunto de Meio Ambiente e Proteção Animal de Mogi das Cruzes, a região sai na frente. “Somos a primeira região de São Paulo a fazer regionalmente a conferência. Entendemos que o fortalecimento do nosso território é a consolidação das questões ambientais. A Câmara Técnica tem trabalhado nos últimos anos para fortalecer as políticas públicas para alcançar os resultados esperados para a nossa região”, afirmou.
“É muito importante trazer essas temáticas e discussões, em especial, a Educação Ambiental. Esse é um assunto essencial na nossa região, que precisa ser aplicado, trabalhado e levado para todas as gerações para que possamos de fato conter e mitigar essas mudanças climáticas”, disse o coordenador adjunto da CT de Gestão Ambiental, Douglas Batista, secretário de Desenvolvimento, Meio Ambiente, Agricultura e Habitação de Salesópolis.
A diretora de Conselhos Municipais da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma), Solange Wuo Franco, diretora de Meio Ambiente de Suzano, reforçou a importância da gestão participativa na conferência. “A participação popular é um organismo, que deve ser cuidado e fomentado para que se fortaleça”, disse.
As ações de mitigação e prevenção da crise climática passam, ainda, pelo Governo do Estado, que conta com programas e iniciativas que apoiam os municípios. “O tema: Emergências Climáticas, nos faz refletir sobre a necessidade de ter respostas imediatas para os efeitos destas mudanças, que já estamos sentindo no dia a dia, mas também faz pensar em ações de médio e longo prazo para termos cidades cada vez mais resilientes e adaptadas de forma participativa”, afirmou a coordenadora de Planejamento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Marina Balestero dos Santos.
 
Palestras
O coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima, David Tsai, trouxe para o evento reflexões sobre o assunto. “A ideia é mostrar como cada um dos municípios do consórcio pode fazer para contribuir na mitigação das mudanças climáticas”, explicou.
De acordo com a Senior Fellow de Desenvolvimento Econômico e Inovação do Instituto ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade – América do Sul, Aline Cardoso, que apresentou a palestra “Perspectivas da Economia de Baixo Carbono”, as cidades são parte fundamentais na construção de um sistema econômico mais sustentável. “O governo pode ser o indutor dessa transformação. Em muitos municípios o maior comprador e ativador econômico é a prefeitura, que pode induzir uma série de comportamentos a partir das diretrizes e práticas governamentais. Se não tiver uma transformação da economia, dificilmente vamos ter uma solução ambiental”, analisou.
Na discussão, foi apresentada também a gestão dos resíduos sólidos, uma preocupação não apenas da região, mas de todo o Brasil. Segundo o coordenador e educador ambiental do Programa Recicla Cidade – Associação Espaço Urbano, Vinícius Coimbra, é preciso ressignificar a geração de resíduos. “O resíduo não tem que ser visto como um problema, mas como um fator de mudança e solução, por meio da geração de renda e saúde pública”, avaliou.
A conferência teve a participação de representantes, técnicos e agentes municipais das 14 cidades do CONDEMAT+ (Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Igaratá, Itaquaquecetuba, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Branca, Santa Isabel e Suzano), além do apoio do Sebrae, das Fatecs de Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano, da Secretaria de Agricultura de Mogi das Cruzes, da Coordenadoria de Turismo de Mogi das Cruzes e do Instituto Itaquareia.

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